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Izvorni znanstveni članak

Imperatriz alemã Leonor de Portugal no santuário de São Simeão, o Receptor de Deus, em Zadar

Krešimir Kužić ; Zagreb, Hrvatska


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str. 71-89

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O Santuário de São Simeão, o Receptor de Deus, em Zadar, criado no século XIII, tornou-se famoso em toda a Europa graças às visitas de peregrinos que viajavam à Terra Santa. Os mais numerosos eram os passageiros da Alemanha, entre eles, Frederico Habsburgo, o futuro imperador, que visitou Zadar em 1436. Leonor (1434-1467) era filha do rei português Duarte I e de Leonor de Aragão, e depois de adquirir uma excelente educação, casou em 1451 em Lisboa per procuratorem com Frederico. Em Lisboa, os representantes entregaram-lhe o anel como um símbolo do seu novo estatuto. Depois disso, rodeada pela nobreza, Leonor foi a Livorno de navio, e também Frederico se dirigiu a Itália com uma grande comitiva. A noiva e o noivo encontraram-se pela primeira vez em Siena, no dia 24 de Fevereiro de 1452, e daí partiram para Roma. O casamento real foi celebrado em 16 de Março, com grande pompa, pelo Papa Nicolau V, que nesta ocasião deu aos noivos as alianças de casamento. Após três dias de festejos, o casal recebe a coroa imperial alemã, e os dois seguem, mas separadamente, para Nápoles, para se encontrarem com o rei Afonso V, tio de Leonor. Aí separaram-se novamente, e a imperatriz continua até Manfredonia, de onde parte de navio para Veneza. A intenção inicial era visitar Dubrovnik, mas ela desistiu desta intenção porque estava em andamento a guerra entre os habitantes de Dubrovnik e o duque Stjepan Vukčić. As galeras, após o descanso durante a noite na baía perto de Trogir, continuaram navegando até Zadar, onde pararam brevemente em 21 de Maio (mapa 1). Incógnita e acompanhada apenas por um pequeno número de pessoas, Leonor fez as suas preces na catedral e no santuário de São Simeão, tendo deixado como ex voto um anel de gema num baú de prata. É muito provável que Leonor soubesse da existência do corpo de São Simeão desde o tempo em que vivia na corte portuguesa, porque Afonso, o duque de Bragança, e também o seu filho homónimo, visitaram Zadar em 1406 e em 1437. O filho foi o guia oficial de escolta da princesa portuguesa em 1451-1452. No caminho para Veneza a imperatriz passou pela Ístria. A oferta de um objecto precioso a São Simeão era uma forma comum de devoção e, até hoje, existem 23 anéis em bom estado de conservação, dois deles oferecidos pelas pessoas anónimas de dinastia Anjou. Visto que se perderam os documentos sobre os doadores, foi necessário identificar o anel oferecido por Leonor através de análise dos anéis. Conforme a lista elaborada por Petricioli, é muito provável que se trate do objecto nº 6. Dado que o Papa ofereceu aos noivos as alianças de casamento em Roma, o anel no santuário de São Simeão poderia ser aquele que Leonor recebeu no casamento per procuratorem. É desconhecido o motivo de doação de Leonor, mas as mulheres frequentemente faziam os seus votos a São Simeão para terem filhos homens. Além de visita a Zadar, a imperatriz ficou ligada à Croácia também através do costume alemão de Morgengabe, tendo recebido a renda de Pazin, ou seja, da parte de Ístria sob o domínio dos Habsburgo.

Ključne riječi

Leonor de Portugal; Frederico III da Alemanha; aliança de casamen- to; São Simeão; o Receptor de Deus; ex voto; Zadar

Hrčak ID:

131209

URI

https://hrcak.srce.hr/131209

Datum izdavanja:

19.12.2014.

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